A temporada da WNBA terminou a pouco tempo com o Minnesota Lynx se sagrando campeão pela quarta vez (2011/13/15/17). A equipe teve um recorde de 27-7 na fase regular, mostrando mais uma vez que sabe usar bem o seu poder ofensivo.
O time comandado pela Cheryl Reeve, não teve muitas dificuldades nessa fase e conseguiu ficar na primeira posição. Nos playoffs, vimos boas e más partidas da equipe. Até chegar na série épica que vocês sabem o resultado.
Vendo assim, é difícil apontar erros de um dos times mais dominantes da WNBA mas o time possui alguns pontos bem preocupantes.
Mesmo o Lynx tendo um bom aproveitamento no ataque (85.4), o time tem grande dificuldade quando sofre marcação individual. Pois falta rotação ofensiva e espaçar melhor o ataque, para criar espaços na defesa adversária. O time sente também a falta de uma jogadora catch and shoot do perímetro. Mesmo tendo jogadoras eficientes como Maya Moore e Lindsay Whalen no mid-range, o foco ainda é as infiltrações e layups da Brunson e Augustus.
Vale ressaltar um ponto positivo do ataque nessa temporada, a Sylvia Fowles. Jogadora que faz ótimo box out, trabalha muito bem no low post, faz bons bloqueios, eficiente no pick and roll e uma reboteira nata.
Se o ataque foi bem, a defesa continua deixando a desejar. Esse é um ponto, que acredito que seja uma falha da Reeve. O time sofreu em média 74.2 pontos por jogo na temporada passada. O time parece relaxar quando se trata de defender. Mesmo buscando a marcação 1-1, normalmente é frouxa e sobrecarrega a Fowles.
Os times que enfrentam o Lynx, usam bem a movimentação ofensiva para deixar a Fowles com um matchup desleal.
Por que seria culpa da Reeve? Pois vimos claramente como uma defesa tem que funcionar nos jogos 4 e 5 contra o Los Angeles Sparks. Fazendo boas dobras na marcação e tendo boa cobertura. O time conseguiu se compactar melhor na defesa e o mais importante, o time esteve 100% focado.
Precisa perceber que a corda está no pescoço, para fazer essa marcação? Será que a Reeve consegue motivar mesmo as suas jogadoras? Lembrando, que foi a Whalen que cobrou das suas companheiras no último jogo. Ela pedia foco sempre e foi uma das peças determinantes na reta final.
Mas a Whalen já não é mais uma garotinha, mesmo que acabe me provando ao contrário em alguns jogos. Ela entre outras jogadoras, já são veteranas nesse grupo. Mas o Lynx já observa isso e mostra que quer continuar no topo por muito tempo.
No Draft desse ano, a equipe selecionou três armadoras:
- Alexis Jones de Baylor
- Lisa Berkani de Mondeville (França)
- Tahlia Tupaea da Sydney University Flames (Austrália)
Conheça mais sobre elas:
Alexis Jones
Das três jogadoras draftadas, é a única que já está no elenco da equipe e entrou em quadra.
Jogadora que atua como point guard, mas consegue trabalhar em todo o perímetro, tem bom ball handling, tem um body language e prioriza o shoot first. Desde o high school já vimos a qualidade da infiltração dela e como ela é agressiva a cesta.
Se fizermos uma comparação por alto, ela pode substituir bem a Augustus no futuro.
Tem boa visão de jogo e um arremesso bom de média distância.
Lisa Berkani
A jogadora mais experiente e com o maior potencial desse draft. Ela está na Ligue Féminine de Basketball (LFB) a cinco temporadas. Na temporada desse ano, ela teve média de 10 pontos e 4.8 rebotes por jogo.
Berkani foi bicampeã da liga em 2015 e 2016, campeã na Copa do Mundo 3×3 U18 em 2015 e medalha de prata na Euro U18 em 2015.
É uma point guard/shooting guard com QI alto de basquete. Armadora no sentido literal da palavra. É uma playmaker de alta qualidade, ótima visão de jogo, bom passe, espaça bem a quadra e é consistente nos arremessos do mid-range e do perímetro.
Possui bom ball handling e um ótimo footwork, poderá ser uma Lindsay Whalen 2.0 no futuro.
A expectativa sobre ela é enorme e provavelmente ela renderá o que se esperam dela.
Tahlia Tupaea
Lembram que anteriormente eu citei que o time teria que ter uma jogadora catch and shoot? Essa é a Tahlia.
Ela foi a segunda jogadora mais jovem a estrear na liga australiana.
A shooting guard australiana, tem todas as qualidades para ser uma jogadora importante para esse forte ataque do Lynx.
Além de ter um ótimo arremesso do perímetro, ela vai ser muito útil na defesa. Consegue defender bem jogadoras que trabalham perto do garrafão e sabe compactar bem na defesa. Possui um bom passe, tem o instinto e lê bem a adversária para roubar bolas importantes.
Nesse texto, vimos que a temporada do Minnesota Lynx teve pontos positivos mas pode melhorar ainda mais o seu jogo e o futuro da equipe é promissor.